quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Blog Recém Nascido


Bom dia!

Motivada por alguns amigos, forma-se esse blog. Claro, existem inúmeros outros blogs cujas mães relatam o dia-a-dia de seus bebês, portanto este é mais um. Cumpre, no entanto, para mim, funções talvez mais distintas: registrar o desenvolvimento da Livia, minha pequerrucha de 2 meses e 9 dias; resgatar memórias de gravidez; inserir-me novamente no mundo "bloggístico", conversando também sobre assuntos diversos; e, finalmente, voltar a escrever um pouco para acabar com a solidão.

Não sei se seria esse último um bom assunto para iniciar um diário de bordo de mãe e bebê. Mas vamos a algumas poucas reflexões sobre esse tema, fazendo juz ao antigo Madame Schopenhauer. Toda a felicidade sentida ao se ter um filho, pode vir acompanhada de uma imensa solidão e negligência consigo próprio. Poucas mulheres se sentem seguras para dizer que tiveram problemas emocionais pós-gravidez. Afinal, a chegada de um bebê sempre é vista como motivo de felicidade por todos. Não obstante, 80% das mães costumam ter melancolia pós-parto ou chamado baby blues e um percentual relativamente alto de mulheres é diagnosticada com depressão pós-parto. A intenção aqui não é falar sobre esses "problemas", mas trazer a informação de que são raras as mães que se sentem realmente bem e seguras depois da gravidez. As causas são inúmeras, bioquímicas e psíquicas: variações hormonais e emoções provenientes das transformações causadas pela nova responsabilidade fazem parte da inúmera lista de causas de um desequilíbrio.

A natureza foi sábia para a perpetuação da espécie. É esperado que mães fiquem alerta o tempo todo, para proteção do recém nascido. Portanto, excesso de preocupação, de ansiedade e de zelo são normais e instintivos. Obviamente, isso implica em grande estresse; tanto para mãe, quanto para o bebê e família. O importante disso tudo é preparar as mães para esse período, orientá-las das dificuldades da maternidade, para uma melhor "gestão" dos sentimentos. Infelizmente, hoje, a maioria dos médicos obstetras não fazem senão orientar parcamente, acompanhando apenas os aspectos físicos das gestantes. É preciso entender que a chegada do recém nascido inicia uma fase breve de possíveis tristezas, mas que, muito em breve, quando os sorrisos do bebê surgirem (costumam acontecer entre 2 e3 meses), você se sentirá abençoada e conseguirá forças para suportar o estresse e cansaço físico.

Felizmente, essa fase para mim passou e esse blog se origina num momento muito tranquilo (sabe-se lá até quando... rs). A Livia, minha filha de 2 meses, começou a dormir das 19h as 7h, com duas mamadas apenas: uma as 22h30 e outra entre as 3h e 4h. Aquela que era a maior batalha do dia, colocá-la para dormir a noite, parece vencida. Foram noites de choro (meu, claro) na tentativa de acalmá-la. Esperamos que esse padrão permaneça, embora acredite que outros fatores como: dentinhos crescendo, aprender a virar de lado etc, serão perturbadores desse soninho bom de quase 12h.

Até pouquíssimo tempo era daquelas mães que perguntavam a outras: "mas como seu bebê de 3 meses dorme 8h seguidas?". Agora começo a entender nós, mães, quando calmas, passamos tranquilidade aos bebes e assim eles se tornam mais relaxados em suas atividades. O banho, atividade que cumpro sozinha e me causava grande agitação, passou a ser relaxado e relaxante para Livia. Um dia escrevo melhor sobre a questão do banho, porque ele realmente cumpre um papel essencial no acalmar de um bebê.

Vou terminando por aqui, para não tornar esse post imenso. Peço desculpas a quem lê pelo layout simples, escrita elementar e pouco coesa. Mas, o que venho aprendendo, é que ser mãe também é aceitar a imperfeição, pois corremos o risco de sobrecarregar nossos pequenos de expectativas. Aprimorar ou construir algo é um processo lento de melhorar detalhes, diariamente. Assim é ser mãe, assim espero que seja esse "diário".


Um abraço,

Suellen

6 comentários:

  1. "Gestão de sentimentos" foi espetacular. Bom blog! Em tempo: mandou muito bem no título.

    Esse blog vai ser bacana pra Nathy ir pegando as manhas e eu também, por que não?

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  2. Oi querida,

    Muito bom te ver por aqui novamente!
    Nestes últimos tempos vc tem tido muito o q escrever e é legal demais compartilhar a sua experiência.
    Gostei da muito da sua idéia, estarei sempre aqui...

    Um grande beijo.

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  3. Su, com o blog me sentirei um pouco presente neste seu momento...e quanta curiosidade a minha em saber o que é ser mãe....rs. Abraço na família.

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  4. Desafogando as preocupações e pensando sempre em ajudar os que passarão pelas mesmas experiências. Mulher da minha vida!

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  5. Que legal, Susie, adorei! Acho que escrever é muito bom, especialmente quando a gente tem tanto a falar... E que massa que vc pode ajudar/ informar outras pessoas dessa forma...

    beijos...

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  6. Não sou mãe e nem sei se pretendo ser. Sei poucas coisas sobre isso, mas sei que não nascemos sabendo como agir em cada situação e apesar de haver muitas dicas e relatos (como no seu blog), cada experiência vivida é nova e única, repletas de dificuldades e surpresas. Li seu post por curiosidade, pra saber se a Livia já tinha nascido e se estava bem, e vi um blog que mistura dicas de ajuda pra outras mães e o crescimento de uma pequenina mocinha, mas mais que isso, mostra uma mulher que nasceu pra ser mãe e nos faz sentir o quão esta experiência é gratificante, mas deixando os falsos clichês e mostrando-nos também os desafios, responsabilidades e transtornos contidos nesta relação de mãe-filha. Parabéns Suelen, não conseguimos ser sempre o melhor, erramos, mas mesmo com seus erros, medos e desafios, o pouco que li já foi suficiente pra perceber que a Livia está em ótimas mãos.
    Beijos, Aline Cristina.

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